Para quem me estiver
a observar quando estou em companhia do meu neto, vai seguramente tomar-me por
um perfeito atrasado mental. Nós fazemos corridas na galeria de acesso ao
prédio, saltámos os “buracos” do passeio na rua, inventámos nomes (feios) para
pessoas que se atravessam nas nossas brincadeiras, conversámos com o automóvel
como se ele tivesse vida própria, jogamos on-line e tudo que é jogo,…
Enfim, este
comportamento é a prova de que a criança que habita em nós ainda está viva. Se
é verdade que toda a gente tem dentro de si essa criança, não é menos verdade
que todos aprendemos a reprimi-la ao atingir o estado adulto. É suposto que um
adulto tenha um comportamento estereotipado que nos a ser “sério”.
Perante uma atitude
descontraída e brincalhona, lá vem a habitual repreensão “deixa de ser criança”
que sempre me surpreende vinda de um adulto quando as minhas brincadeiras
excedem os limites sonoros aceitáveis…
Mais tarde,
quando a vida nos começou a sorrir, já não era mais criança… Jamais devemos
esquecer a criança que há em nós.
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