Os portugueses são peritos na coisa. Aliás metem
a coisa em qualquer lado e quem diz a coisa, diz o coiso… Qualquer que seja a expressão
lá está o sujeito na forma masculina ou na forma feminina. Não há dia que não
se ouça dizer na maior das inocências, Chega-me essa coisa, Ó coisinho, venha
cá, Vou já tratar dessa coisa…
Se uma mãe pergunta ao filho o que está a
fazer, não raro recebe como resposta, estou a coisar. E isto de coisar tem
muito que se lhe diga… pode estar a brincar, a partir a mobília toda ou
simplesmente a defecar…. Mas claro está que pode ter outras interpretações
dependendo da saúde mental de quem a escuta… Enfim, cada um pode interpretar a
palavra como bem entender.
Mas a palavra pode ser usada num contexto
completamente diferente, como por exemplo, quando se desconhece ou quando não
lembramos do nome de alguém ou de qualquer objeto.
Falar na “coisa” torna-se ainda mais complicado
quando o objeto em causa pertence a outra pessoa…
Já imaginaram a cara duma senhora de idade deixa
cair o andarilho quando prestavelmente lhe perguntarmos, Quer que lhe chegue o
coiso? Ou então, em pleno transporte público, reparando que a senhora que viaja
a pé mal se equilibra e se diz na melhor das intenções, agarre-se aqui ao meu
coiso…
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