Nem todos se podem gabar de ter uma terra
adotiva, eu posso. Para mim tudo começou em 2001 quando fui operado em Coimbra.
Nessa altura prometi que, se sobrevivesse,
fecharia o negócio pendente com a imobiliária.
Como sobrevivi a essa melindrosa operação e por
que sou um homem de palavra, assim fiz. Para o sucesso da intervenção, contribuiu
a Senhora da Saúde que me conduziu até Esposende onde há muitos anos não ia.
Quer se acredite quer não e eu tenho a minha fé,
há muito de sobrenatural na lenta recuperação que se lhe seguiu.
Nesse tempo esta terra parecia um autêntico paraíso,
plana e sossegada, qualidades que vai perdendo à medida que o desenvolvimento
urbano se apodera dela.
Chegando Agosto carros e camionetas apinhadas
de gente sequiosa de mar despejam na praia essa multidão. Acaba-se o silêncio e
o bulício que cresce junto ao mar espalha-se por toda a cidade ainda meia
ensonada do longo inverno. Os comerciantes agradecem e aos residentes só lhe
resta sair ou aguardar em casa que o mês termine e tudo volte ao normal…
Passada esta época a paz regressa às ruas,
avenidas, pastelarias e ciclovias da marginal. Os comerciantes, atrás do
balcão, voltam a esperar por um novo verão.
Chegando o Outono e depois o Inverno os dias voltam
a passar calmamente junto ao mar,…
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