Não sei se já era ou se ganhei a capacidade por
força das circunstâncias, pondero mais o que digo antes de expressar aquilo que
penso, para isso bastava papel e lápis!
Nunca fui muito dado a grandes verborreias. Desde
sempre me assumi como um homem de poucas palavras, mais destinado a ouvir do que
a falar. Convém dizer que a genética deu alguma ajuda para desenvolver esta
caraterística. Ninguém nasce com esta qualidade, é a vida que nos ensina a ser um
bom ouvinte.
Já em plena antiguidade Epiteto dizia, possuímos dois ouvidos e uma só boca para
que possamos ouvir mais do que falámos, caraterística esta que não vai contra
a capacidade de escutar.
Ao logo do tempo e das circunstâncias a vida ensinou-me
que não basta compreender uma situação, é preciso ser capaz de ver o mundo
através dos olhos do outro. Colocar-se do outro lado, a distância permite que
se identifique melhor o problema contribuindo para encontrar soluções.
Para ser considerado um bom ouvinte ou já se
nasce assim ou a vida, pouco a pouco, nos ensina esta capacidade…
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