A mania de controlar já nasce com a gente. Acredita-se
que tudo na vida está sob controlo mas a vida é perita em escapar a esse
controlo. Quando se é novo pensa-se que tudo acontece segundo um plano preestabelecido,
isto é, parece que tudo está sob controlo. O que acontece, acontece segundo um
plano previamente traçado. Nessa idade, pensa-se controlar tudo e até as
pessoas, os seus pensamentos, o dia e a noite, o sol e a chuva, enfim, controla-se
o incontrolável. Ao reagir assim, tem-se a sensação de um falso poder de
controlo sobre tudo.
Com o passar do tempo, surgem forçosamente bons
e maus momentos que fogem à nossa vontade. Verifica-se então que a maior parte
das coisas escapam ao mais rigoroso controlo. Chega-se à conclusão que afinal o
controlo não existe, é uma mera ilusão a que cada um se agarra fingindo que “controla”
a própria vida! Um dia conclui-se que não há qualquer vantagem em controlar. Nesse
dia, chega e consegue ver-se tudo por outro prisma, que nos mostra a
inutilidade de controlar seja o que for.
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