Este é um tema que habitualmente não se
discute. Cada um tem a sua fé que não é passível de discussão. Mesmo assim, há quem
tenha a pertenção de definir Deus. Não sou agnóstico mas também não sou católico
no sentido lato da palavra, contudo acredito numa força divina que tudo rege e
conduz, fora isso, nem sei quem sou… Só sei que o deus que me rege não é, nem
nunca foi, aquele que nos incutiram em criança por diversos meios. Nesse tempo
ensinaram-nos a repetir como um papagaio crenças à muito arreigadas.
Dizia Einstein que só acreditava no mesmo deus
de Spinoza, célebre pensador holandês, que acreditava num deus que dizia «pára
de bater no peito ao rezar». De acordo com esse célebre pensador, acredito num deus
que diria, «Vai por esse mundo fora, goza a vida, canta, diverte-te, usufrui de
tudo o que criei para ti. Não frequentes mais esses templos frios e sombrios
que dizem ser a minha casa. A minha casa fica nos montes, nos bosques, nos
rios, nos lagos, nas praias e em todo o lado onde possas expressar o teu amor
por mim. Deixa de me culpar pela vida miserável que levas. Não sigas à letra o
que dizem as escrituras. Se não me “vês” em cada amanhecer, no pôr do sol, na
paisagem à tua volta, nos olhos dos teus amigos e das crianças, nunca me verás.
Também não me peças perdão, não há nada a
perdoar. Se fui eu que te criei tal como és, como posso castigar-te? Achas que
inventei esse lugar onde queimo eternamente os meus filhos? Que espécie de pai
faria isso?
A única coisa que te pertence aqui e agora é
essa vida e só a ela deves satisfações.»
A única certeza que tenho é que o mundo está
cheio de maravilhas que nos surpreendem a cada passo e é um crime não as
aproveitar.
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