Um
dia, de repente, a gente acorda sem
memória dos dias que se passaram entretanto, a memória já de si fugidia retém alguns
rostos, quais flashes de um filme nunca visto.
Na realidade, a dor não é sentida de igual
modo por toda a gente, varia de acordo com as vivências acumuladas e sofre a influencia
da crença de cada um. Do mesmo modo, existem também várias maneiras de fazer o luto que variam de acordo com a
maneira de ser e as outros factores já enumerados, com a certeza porém de que a
vida de cada um nunca será igual… Perante esta perspetiva, aqueles que ficam vêm-se
na obrigação de recomeçar e reestruturar a própria vida independentemente da saudade
que possam sentir. Em qualquer dos casos, é sempre necessário adaptar-se a uma nova
realidade.
Depois,
o tempo vai passando, lá fora a vida não parou e os problemas não
ficaram adiados… Todos aqueles que fizeram questão de estar presentes, a
pouco e pouco, vão-se afastando o que é natural considerando que é preciso perseguir as próprias vidas. A situação também já não é a mesma e, de
repente, olhando-se em volta, depara-se apenas com a solidão.
O
mundo não parou e a vida não se condoeu nem abrandou o seu ritmo à espera que
todos se adaptem.
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