Onde me
leva esta estrada… ainda não sei. Ainda que não me leve a parte nenhuma é por
ela que seguirei… É essa apenas a minha certeza.
Há
estradas assim em que, pela beleza da paisagem ou pelo agreste do envolvente, a
gente sente … sente que é por aí que tem de seguir. Mesmo que não nos leva a
nada.
É como
que um “destino” traçado por qualquer força superior ou, mais modernamente,
como se um GPS que naquela voz um tanto irritante nos diz: siga em frete até à
próxima rotunda… Continuámos seguindo em frente na ansiedade de alcançar a
bendita da próxima rotunda que nunca chega ou, se chega, a mesma voz continua
dizendo: siga em frente… até à próxima rotunda…
E lá
vamos seguindo em frente, incapazes de alterar o rumo por alguém traçado como o
destino fatalista de um fado, como algo incontrolável.
Tudo
depende afinal da beleza da paisagem ou do agreste do envolvente…. Há quem
tenha a sorte de seguir por estradas que conduzem a paisagens paradisíacas
plenas de sol e calor… enquanto outras nos transportam através de tempestades
onde a cada curva nos espreita um dos nossos fantasmas. Por umas, ou por outras,
teremos de seguir sob pena de nos perdermos irremediavelmente.
Quem me leva os meus fantasmas?
Quem me diz onde é a estrada?
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