A história não dizia com a “careta”, mas não me
importo. Não me importo porque isso foi ontem e hoje, já é passado. Também me
parece que o provérbio não é bem assim, seria mais “não diz a cara com a careta”,
mas isso também não importa.
A chuva que persiste em cair e que, segundo dizem, veio para
ficar, também não importa. Estou numa de não me importar. Agora vivo o momento
presente (como se isso existisse…!). Se pensarmos bem, o presente é apenas presente
por uma fracção do segundo porque, no segundo seguinte, já é passado.
E quem se importa com o passado? Muito boa gente, o que não me parece ser uma prática muito saudável. O passado não se repete nem se pode modificar por isso, o que está feito, está feito.
Foi bom? É para recordar.
E quem se importa com o passado? Muito boa gente, o que não me parece ser uma prática muito saudável. O passado não se repete nem se pode modificar por isso, o que está feito, está feito.
Foi bom? É para recordar.
Foi mau? É para esquecer e, de algum modo, retirar algum ensinamento para o futuro porque o presente, apenas o é numa fracção
de segundo.
Se não entendeu o meu ponto de vista, melhor será recorrer a
esta magistral definição do tempo:
O que é, pois, o tempo? Se ninguém mo pergunta, sei o que é;
mas se quero explicá-lo a quem mo pergunta, não sei: no entanto, digo com
segurança que sei que, se nada passasse, não existiria o tempo passado, e, se
nada adviesse, não existiria o tempo futuro, e, se nada existisse, não
existiria o tempo presente. De que modo existem, pois, esses dois tempos, o
passado e o futuro, uma vez que, por um lado, o passado já não existe, por
outro, o futuro ainda não existe? Quanto ao presente, se fosse sempre presente,
e não passasse a passado, já não seria tempo, mas eternidade. Logo, se o
presente, para ser tempo, só passa a existir porque se torna passado, como é
que dizemos que existe também este, cuja causa de existir é aquela porque não
existirá, ou seja, não podemos dizer com verdade que o tempo existe senão
porque ele tende para o não existir? (Santo Agostinho,
Confissões- Livro XI)
Ainda mais confuso? Deixa lá, fica numa de não te importes...
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