Hoje não
me apetece abrir o coração. Nem aqui, nem em parte nenhuma. Nem em sentido
figurado e muito menos, literalmente (safa!!!). Já me bastou quando foi preciso
abri-lo por motivos óbvios de saúde…
Aqui
para nós, em boa hora o abriram apesar de todo o sofrimento do pós-operatório.
Uma vez aberto, todos os medos, tabus e preconceitos que se encontravam aprisionados se libertaram permitindo adquirir uma nova capacidade de análise e filosofia de vida que a maioria dos
mortais jamais irão experimentar.
Há dias
em que nos fechámos ao exterior concentrando toda a nossa atenção no próprio EU.
Deixo já aqui o aviso de que não é nada fácil nem agradável tal prática. É
que, fechando-se ao exterior, isso conduz inevitavelmente a um profundo
exercício de introspecção que pode vir a revelar-se profundamente doloroso e mesmo decepcionante. Compreensivelmente, a maioria das pessoas tentam a todo o custo evitar
fechar-se sobre si próprios. Em tempos cheguei a pensar ser esta uma manifestação de falta de inteligência. Só mais tarde compreendi que afinal não passava de um mecanismo de autodefesa.
Seja
como (ou o que) for, hoje não me apetece abrir o coração. Por isso, não esperem
encontrar confidências, palpites, sugestões,… nem me atrevo a dizer conselhos
porque afinal quem sou eu para os dar? São apenas sugestões para ultrapassar
qualquer momento mais difícil à luz da experiência adquirida ao longo de muitos
anos. É essa uma das finalidades deste blog.
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