Quando
se é pequeno, tem-se medo do escuro, de monstros, do desconhecido, enfim,
tem-se medos pequeninos que parecem enormes. Depois de crescidos, os medos
também são maiores e mais se agigantam. Como toda a gente, mesmo aqueles que
dizem não os ter, tenho os meus medos.
Ter medo
não é vergonha nenhuma. Atrevo-me mesmo a dizer que é um sentimento normal e
até saudável na medida em que nos protege de qualquer perigo real. Sem me
prender com a necessidade de definir o “medo”, direi que toda a gente, em algum
momento ou situação na vida, já sentiu medo. Daí que toda a gente guarda no
mais íntimo de si próprio os seus medos, sejam de que natureza forem.
O medo de viajar de avião, de andar de elevador, do escuro, de perder, de
falhar, da traição, da doença, do futuro… De todos, o mais grave, é o medo de
nós próprios. O medo das nossas emoções e das nossas reacções em determinadas situações
é real e, por vezes, perfeitamente justificável.
Se alguém
me perguntasse agora, já não tens medo?
Diria
sim, ainda tenho medo. A única diferença é que aprendi a disfarça-lo…
Excelente reflexão com a qual me identifico totalmente. Também já escrevi um texto sobre os nossos medos. Até ao último grande medo - o do desconhecimento do que nos aguarda ou do nada que sobrevem à morte fisica. Adoro lê -lo, Jorge.
ResponderEliminarQue elogio Teresa, vindo de quem escreve magistralmente emoções e experiências de vida...! Obrigado.
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