Raramente falo
ou penso na morte. Não a temo na mesma medida em que a quero ver bem longe pelo
menos enquanto tiver um mínimo de qualidade de vida. Contudo todos sabemos que
a morte faz parte da vida. Partindo desta premissa e se vale a pena viver,
então a morte também vale a pena. Já deram conta que estou a parafrasear Mário
Quintana que magistralmente o disse de outra forma: “Se vale a pena viver e se
a morte faz parte da vida, então, morrer também vale a pena”. Na verdade, em
determinadas situações, a morte é mesmo uma bênção…
Quer se queira,
quer não é impossível ignorar a presença da morte que nos acompanha ao longo da
vida e mesmo até no nosso dia-a-dia trasvestida de várias formas… Pode-se
morrer de tédio, de inação, de desejo, de saudade, de raiva, de ciúme, de
tristeza,… Há até gente que já morreu sem nunca ter desconfiado disso!
Todos os dias a
gente morre um pouco, de silêncio, de medo de encarar a realidade, de velhice… A
gente morre cada vez que o frio se instala na alma…
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