Como
devorador de livros assumido não causará grande admiração se disser que ando literalmente
às voltas com três livros… são mesmo três e em simultâneo… É preciso que se
diga que não é por gosto, mania, hábito ou qualquer outra tara. Andar a ler três livros em simultâneo tem uma
explicação e tem tudo a ver com esta estranha moda que deu nos autores
contemporâneos de escrever livros com mais de 500 páginas onde narram histórias
que poderiam ser narradas em cerca de 100 páginas. As páginas restantes são
preenchidas por aquilo a que eu chamo “palha” e que não fazem absolutamente
falta nenhuma à compreensão da história. Essa “palha” é constituída por uma fastidiosa
descrição de pormenores paisagísticos e outros relativos aos personagens, ao tempo,
à toilete,… Eu sei que muitos desses pormenores são essenciais para localizar a
história no tempo ou caracterizar física e psicologicamente os personagens mas convenhamos
que muitos outros, são absolutamente desnecessários e fica-se com a sensação de
que foram ali registados apenas para preencher algumas (muitas) páginas. É o
que me está a acontecer com este livro de Thomas Pynchon… mas sobre este e os
outros livros voltarei a escrever mais tarde.
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