Do
alto da minha janela,
contemplo
o mundo lá em baixo e o mundo contempla-me a mim… Quer queira, quer não, ficámos
assim fatalmente unidos. E que todas
as janelas, portas e postigos permitam esta união entre os dois mundos!
Do alto desta janela,
observo outras janelas.
Olho aquele ali que se refresca na janela em frente… Não admira! Num país em
que o frio e a chuva estão presentes durante quase todo o ano, o anormal calor
que se faz sentir convida a refrescar. Ao mesmo tempo que se refresca, como de
costume, talvez fume um cigarro.
Numa outra janela mais
abaixo, alguém vê televisão, não sei se por gosto ou por não ter nada mais interessante
para fazer… mas de momento, está para ali virado.
Do alto da minha janela,
consigo ver o pôr-do-sol
até que me fique apenas gravado na retina…
Do alto da minha janela,
contemplo o mundo e o mundo contempla-me a mim e, desta união,
uma certeza me assalta: que a vida
merece mesmo a pena...
Sem comentários:
Enviar um comentário