Apesar de não ser loiro, nem forte, nem praticar
qualquer desporto, embora continuasse a ser alto já naquela data, por algum ou
todos os motivos, era considerado um exemplo a seguir. Diga-se à luz da atualidade,
era talvez um pouco parvo. Ainda hoje não sei porquê era na altura um exemplo. Nesse
tempo já as brancas se iam instalando nas têmporas, caraterística comum a toda
a família, mas continuava escorreito… e alto.
Tudo passou com o andar do tempo e as voltas da
vida que até esqueci que a vida possui outra face. Há pouco tempo, já lá vão
alguns anos, ainda preso numa cadeira de rodas, “disparava” em todas as direções
a amargura que me ia na alma. Logo a mim que sempre tive uma vida ativa e a
quem o tempo negou o período tão necessário para uma eficaz habituação à nova
realidade!
Os dias passaram, as estações do ano
sucederam-se e continuo a tentar retomar a vida no mesmo ponto em que a deixei.
É claro que tenho de aceitar todas as limitações que a atual realidade nos
oferece o que não invalida que continue a tentar recuperar o tempo perdido.
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