Um dia vou crescer
Um dia, não sei quando, vou crescer. Há muito
que deixei de me preocupar com a velocidade com que o tempo passa, aliás o
tempo deixou de existir, um dia de cada vez,…
Embora seja apologista de que não se deve viver
de recordações, recordo perfeitamente aquele tempo que passou na juventude, como
quem reencontra um velho amigo de quem se começa já a ter saudade.
Passaram já muitos anos desde o tempo em que a
maioria das crianças ia para a cama ao som da música em simultâneo com o Vitinho.
Com efeito, o boneco era o impulsionador do hábito saudável de deitar a horas
certas. Lembro-me bem do desenho animado com o seu inseparável chapéu de palha
bem como das jardineiras amarelas com um grande “V” no peito.
Enquanto aquela música embalava os meus pensamentos que procuravam uma forma de tornar a vida mais interessante, o que às vezes é difícil. Como as aventuras não acontecem só nos livros, prometo que um dia eu vou crescer mas, até lá, deixem-me ser criança ainda que seja por um momento, só de vez em quando…
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