Habitualmente, ao subir a persiana de manhã, era certo deparar-me com um céu azul muito iluminado
pelo sol radioso, daí o meu contentamento ao verificar que desta vez o tempo
mudou porém, a chuva não veio. Ansiava por aquela chuva miudinha que cai a direito
na falta de um vento que lhe aponte outro sentido.
Chuva e vento, são dois elementos da natureza que
muito detesto apenas tolerados quando há muito estão ausentes. Reafirmo que não
mudei de opinião, continuo a detestar a chuva, a humidade, os dias cinzentos, a
tristeza que paira no ar nesses dias mas, atendendo à falta que faz, a chuva acaba
por ser bem vinda.
Acontece sempre assim com todas as coisas,
deseja-se o que nos falta e, por conseguinte, não se possuí. É uma reação
normal ao ser humano, lamentável na medida em que se considera “normal” embora
seja esta a realidade.
Deseja-se aquilo que nos falta e não se dá
valor ao que já se alcançou. Engraçado que nunca ninguém agradece aquilo que
tem, se calhar sou eu que ando cego ou então não tenho sentido de humor…
É assim que as coisas funcionam e, por mais
juras que se façam, por mais que se prometa, é raro mudar de atitude.
Por isso digo e repito, agora que lhe sinto a
falta, seja bem-vinda a chuva, já lá dizia o poeta, Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol.
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