Parece fácil mas
não é. Escrever custa uma vida de recordações, emoções e sentimentos que
afloram vindos não se sabe de onde.
Pode-se escrever
imensas coisas sobre imensos assuntos acabando sempre por escrever sobre coisa
nenhuma.
Basta passar os
olhos sobre os títulos dos jornais, para encontrar montes de assuntos sobre os
quais escrever. Em alternativa, pode deixar-se o pensamento correr à desfilada e
transformar um deles em tema de escrita, pode até pensar-se na preocupação do
momento, dramatizar um pouco com o fim de conseguir um texto mais interessante
ou então, basculhar no “baú” do passado e escolher uma daquelas histórias do
tempo de criança,…
Enfim, pode
escrever-se sobre um monte de coisas. Mas coisas são coisas, não passam disso
mesmo, são o que são e quase sempre não merecem ser escritas. Num sentido mais
lato, pode pensar-se em coisas inacessíveis à maioria das pessoas e, por isso
mesmo, escrever seria pura perda de tempo. A maior parte das coisas que
acontecem na vida são demasiado banais ou então inexplicáveis.
Há dias e coisas
que mais valia não registar.
Há dias assim.
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