O vício
inglório de apanhar estrelas já vem de longe. Eu sei, é óbvio, que é inútil tentar
agarrá-las mas, mesmo assim…
O máximo
que consegui com este gesto, foi um banho de poeira estelar que me embranqueceu
o cabelo acabando por reter entre as mãos uma estrela sem brilho.
Há
estrelas que causam o impulso de as agarrar, de as reter ao nosso lado noite e
dia, sobretudo aquela estrela cujo brilho já iluminou a nossa vida. Há sempre
uma estrela que, na sua ausência, mergulha na escuridão todo o nosso pequeno
mundo…
Confesso
que já caí na utopia de as agarrar estrelas contudo, ao aperceber-me que cá em
baixo perdem todo o brilho, rapidamente deixei-as ficar lá em cima.
Há
dias em que apenas nos é permitido sonhar com estrelas mas, elas só conseguem brilhar
quando estão lá em cima…
Há
dias assim.
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