Isto de ser
perfecionista não facilita nada a vida, antes pelo contrário, só complica. Como
o próprio nome indica, o perfecionista pretende realizar todas as tarefas na
perfeição, que não haja falhas nem erros qualquer que seja a tarefa. Quando
isso acontece, e tem de acontecer, é um motivo mais do que suficiente para se
sentir frustrado. O perfecionista exige demasiado das coisas e das pessoas que o
rodeiam. Para ele ninguém é perfeito. Mas a perfeição não existe e quanto mais
se procura maior é a probabilidade de mergulhar na dor e frustração.
É mais ou menos esta a
ideia que se tem do perfecionista, o tal que não concebe o erro, que pretende ser
o melhor em tudo o que faz.
Convém não esquecer que
há diversos graus de perfeccionismo, sendo considerado um comportamento “normal”
quando o indivíduo se empenha em realizar na perfeição as tarefas que lhe
competem ou “neurótico” se a pessoa demonstra um comportamento compulsivo ao
ponto de repetir n vezes a mesma actividade. Digamos que me situo entre o estado
normal e o neurótico… Não chego ao ponto de repetir as actividades que me
competem mas complica-me ver diversos papeis espalhados pela casa, corrigir a
simetria de alguns objectos, distribuir por tamanho os diferentes talheres na
máquina de lavar, ver algum objecto fora do local habitual, etc.
É demasiado simplista
considerar o perfeccionismo como uma patologia a ser combatida por todos os
meios não esquecendo que muito boa gente o inclui nos transtornos
comportamentais…
Nem tudo é condenável num
perfecionista, o facto de não conviver bem com o erro, torna-os disciplinados,
determinados e persistentes, características muito apreciadas tanto na vida pessoal
como profissional.
Contudo, tal comportamento
não permite que o perfecionista consiga descansar a mente levando-o, nalguns
casos, ao desenvolvimento das tais compulsões…
Sem comentários:
Enviar um comentário