Através da repetição exaustiva
daquele anúncio apercebi-me que estamos a pouco mais de um mês do Natal. Nunca
gostei muito desta época, nem mesmo em criança. Os presentes, nessa época, eram
constituídos por peças de roupa que asseguravam as necessidades futuras. Mas
não é por isso que não gosto do Natal. Como todas as festas e feriados nunca
adquiriram para mim o seu verdadeiro significado, nunca fui visitado pelo
famigerado “espírito do Natal”.
Todos os dias são Dias,
o que faz com que nem sempre os festeje. Sei que esses Dias servem apenas para
recordar algum evento que, na minha opinião, se deveria comemorar todos os dias
independentemente do calendário.
Tal como respeito a
opinião de quem gosta também espero a mesma reacção perante a minha atitude. Na
minha opinião, esta data só favorece o comércio que deste modo consegue escoar alguns
dos produtos acumulados ao longo do ano…
Já ouvi dizer que não se
gosta disto ou daquilo, inclusivamente de praia e de mar o que me custa a
compreender visto que amo as duas situações mas, não me custa aceitar que não se
goste do Natal. Que me desculpe quem gosta, eu não gosto do Natal, pelo menos desse natal que pressupõe uma falsa
e hipócrita fraternidade e uma paz que geralmente não existe. Nesses dias toda
a gente se abraça, mesmo os que se odeiam e continuam a odiar-se no dia
seguinte…
Mas, como é natal, enfeitam-se
as casas com azevinho, luzes e outros enfeites, há “pais-natal” por todo o lado
(inclusive nas ruas e nos shoppings), figura em todas as casas e montras o característico
pinheiro enfeitado a preceito… Tudo isto, ao invés do que era suposto, entristece-me.
Sou cristão (à minha
maneira) mas não consigo gostar dessa época. Com o passar dos anos o natal reduziu-se
a mais um feriado, uma época festiva obrigatória em que se esqueceu o
nascimento de Jesus que realmente se celebra, representado pelo presépio cada vez
mais ausente.
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