É comum dizer-se
perante qualquer vicissitude da vida “o que não nos mata torna-nos mais fortes”
o que, em certa altura da vida, não tem grande significado.
Todos sabemos que a vida
é feita de momentos, mas nunca é demais relembrar que esses momentos podem ser
felizes e alegres enquanto outros serão menos felizes e menos alegres numa
sequência aleatória. Convinha portanto estar preparado para estas eventualidades.
A verdade é que nunca se está preparado, sobretudo para os momentos menos
felizes.
Há uma altura da vida
em que se pensa que tudo vai correr bem, a infelicidade nunca nos toca, só
acontece aos outros. É frequente ouvir a velha frase O que não nos mata torna-nos mais fortes, na qual hoje acredito,
não tem grande significado até sermos atingidos por momentos mais dolorosos
como uma desilusão amorosa, uma traição
ou qualquer outro momento menos feliz…
Nessa altura somos
tentados a reavaliar toda uma existência e alterar a forma como nos relacionarmos
com os outros. Mas será que nos somos mais fortes tornando-nos insensíveis a
tudo e a todos que nos cercam? Devemos socorrer-nos de uma armadura que impeça
os outros de se aproximar?
Ou será que nos
tornamos mais fortes através da experiência acumulada sem evitar contudo que
nos voltem a magoar, sem perder a bondade que existe lá no fundo de todos os corações,
sobretudo dos mais empedernidos.
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