É essa a principal
diferença entre os países do Norte da Europa e os países do Sul, nomeadamente a
Holanda. Neste país é a própria população que demonstra uma grande preocupação
e sensibilidade quanto à resistência aos antibióticos, quando pergunta ao próprio
médico – Preciso mesmo deste medicamento?
Lamentavelmente o mesmo
não acontece nos países do Sul onde se verifica um acentuado aumento da
resistência aos antibióticos. Uma das causas é o uso excessivo deste
medicamento mas também a transmissão de bactérias patogénicas entre pessoas e
animais para o que contribui a grande mobilidade existente entre países da
Comunidade Europeia.
O recurso aos antibióticos
só se compreende quando prescritos pelo médico e não por pressão do paciente só
porque tem tosse… O uso inadequado dos antibióticos fica a dever-se muitas
vezes à falta de formação dos próprios médicos e outras vezes aos hospitais que
se mostram incapazes de evitar a transmissão de infecções entre doentes.
Trata-se de um problema
grave nos nossos dias atendendo a que não se dispõem de novos antibióticos. Recorre-se
a ligeiras variantes dos antibióticos já existentes, por isso, torna-se urgente
encontrar outras formas de eliminar as bactérias patogénicas. Caso não se
encontrem outras formas de combate, a resistência aos antibióticos tende a
aumentar tornando fatais simples infecções chegando ao ponto de impedir
cirurgias consideradas banais devido ao risco de infecção.
Foi esta a conclusão dos
cerca de 300 especialistas reunidos anualmente em Lisboa na ESCMID (Sociedade
Europeia de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas) já conhecida e sentida
por muita gente.
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