Não posso dizer que
tenha ficado extasiado a olhar a Mona Lisa ou Gioconda como lhe queiram chamar.
Ela encontra-se bem guardada no museu do Louvre em Paris onde poderá ser
apreciada.
Se não fiquei extasiado, fiquei algo decepcionado face ao tamanho do
quadro. Realmente é pequenino, quase insignificante nos seus 77 cm de altura.
Na verdade, chamar-lhe
autorretrato não é de todo correto, pode até considerar-se errada esta classificação.
Por definição, “autorretrato” é a pintura ou desenho da própria pessoa, feito
pela própria pessoa. Ora pouco ou nada se aplica à célebre Mona Lisa se bem que
alguns investigadores ponderam seriamente a hipótese do quadro retratar o
próprio artista.
Como em qualquer autorretrato
espera-se que o artista consiga mostrar além do aspeto físico, o aspecto psicológico
captando assim a sua expressão mais profunda e oculta do artista. É com base nestes
factores que alguns investigadores defendem que a Mona Lisa é nada mais nada
menos do que um autorretrato de Leonardo Da Vinci.
Pondo de parte esta
polémica confesso a minha curiosidade e vontade de repousar os olhos sobre essa
célebre tela que nem tela é. Na verdade trata-se de uma pintura a óleo sobre
madeira de álamo. Foi o que consegui na minha última visita ao Louvre de que
nem 1/3 visitei mas qualquer tarefa, por mais humilde que seja, é um
autorretrato de quem a executou.
Seja na poesia, literatura,
música pintura, arquitectura, ou noutra coisa qualquer, quanto mais se pretende
esconder a essência de quem a executou, mais ela se revela mesmo contra a
própria vontade.
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