Há coisas que nunca se esquecem.
O tempo passa, as circunstâncias da vida alteram-se mas o jeito fica. Então, somos
invadidos por aqueles momentos em defesa da criança desprotegida, as noites mal
dormidas, as aulas mal preparadas… e impõe-se a inevitável pergunta, valeu a
pena?
Dá vontade de responder
com as palavras do poeta mas, resistindo à tentação e depois de ponderar
seriamente a resposta, diria que voltava a passar por tudo outra vez. Quem não
passou ainda por situações difíceis na vida?
Bem sei que algumas
situações são mais difíceis do que outras mas tudo faz parte da vida e quem é que
não viveu?
Ao entrar naquele
quarto de hospital deparei-me com uma criança com outra criança adormecida ao
lado. Apesar da obscuridade do quarto, já brilhava uma luz que ninguém via mas
que estava lá.
A vida está é composta
de momentos, uns alegres, outros tristes, as vicissitudes vão surgir em
qualquer curva do caminho. Perante essas vicissitudes somos livres de escolher uma
das seguintes atitudes, lutar ou afundar-nos na derrota. É tudo uma questão de
atitude. A opção a tomar depende da “bagagem” que se transporta. No entanto, se
não é possível alguém mudar, pode enfrentar-se a realidade por mais dura que
pareça ser. As coisas são o que são, nunca o que parecem ser.
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