Seja pela sua homofonia
ou por qualquer outra razão que agora não consigo descortinar, “protector” anda
muitas vezes de braço dado com “cuidador” embora exista uma grande diferença
entre os dois vocábulos.
Cuidar, seja de quem
for, pode revelar algum “interesse” no início mas, mais tarde ou mais cedo,
transforma-se numa autentica seca, especialmente quando o sujeito cuidado não se
mostra muito autosuficiente. Há que contar com a necessidade de sair e manter
o contacto com o exterior. Quantas vezes para tratar de assuntos relacionados
com o sujeito cuidado…!
Proteger de quedas e
doutros danos relacionados com a saúde revela-se uma autêntica tortura de parte
a parte, sobretudo se aquele que protege o faz de forma excessiva.
Por outro lado, ser
cuidador, pode não implicar uma grande mudança no ritmo de vida pessoal. Tal
facto só se verifica quando se estabelece a confusão entre cuidador com protector.
Não raras vezes o cuidador cai no erro de assumir como suas as tarefas que o
sujeito cuidado é capaz de fazer. Não se apercebe que, desta forma, está a impedir
o desenvolvimento social e emocional do sujeito cuidado.
Cuidar não é tanto
fazer o que o sujeito cuidado (já) é capaz de fazer. Cuidar é estar presente
para ajudar na eventualidade dessa ajuda ser mesmo necessária. É obrigar o
cuidado a tornar-se o mais autónomo possível e isso só se consegue com a
participação do cuidador.
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