Como há
dias para tudo e para todos os gostos, devia haver um Dia consagrado ao Cuidado.
Não, não me enganei nem troquei os termos acidentalmente. Estava mesmo a referir-me
àquele que recebe todos os cuidados do seu cuidador o que convenhamos, não é
nada fácil. Um bom cuidador é aquele que consegue colocar-se no lugar do
cuidado, compreender a sua essência, as suas limitações, dores… e amores.
Há
cuidadores que o são por opção. É essa a profissão que escolheram e para quem
vai, desde já, a minha sincera admiração. Além deles permitam-me mencionar os
outros, aqueles que são cuidadores por devoção ou por obrigação. Não sei em que
(de) grau me insiro, mas nunca o relativo a um cuidador de profissão. Para isso
é preciso muita paciência que não tenho. Seja em que grau for, para esses aqui
fica também uma palavra de apoio e a minha simpatia.
Tenho
pena, sinceramente tenho pena daqueles cuidadores que se entregam de alma e
coração a quem cuidam, sobretudo aqueles que são totalmente dependentes. Para
esses cuidadores há sempre uma palavra, um carinho, uma pena especial dirigida a
quem “estragou” uma vida para se dedicar a outrem.
Quando
existe uma certa autonomia por parte do cuidado, a vida de cuidador fica muito
facilitada. Recai sobre ele a maior parte das tarefas que se dividiam pelos
dois, é certo, mas em tudo o resto a vida fica mais facilitada.
Como ser
cuidado, encontro-me à vontade para dizer que é com muita luta que se consegue
evoluir para estádios superiores nesta triste hierarquia. E uma só palavra vinda
de fora fazia toda a diferença no universo do cuidado… com alguma autonomia.
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