Só a
Teresa me fazia sair de casa num fim de tarde e num dia de despedida mas ainda
bem que o fez! O lançamento do livro foi um sucesso e congratulo-me pela minha
presença.
Nesta
obra, Teresa Morais mais que sugere, obriga o leitor a revisitar, antigos odores,
velhos móveis, outros caminhos da memória que pensávamos perdidos mas que teimam
em regressar cada vez mais vivos.
Quanto à
obra, Marta, alter ego de Teresa (e não sou eu quem o diz), refugia-se num
hospital psiquiátrico de uma sociedade cada vez mais doente.
Neste
livro (o primeiro), a autora guia-nos com mão, firme mas nunca redutora, através
de vários capítulos, momentos de um passado que teimosamente se torna presente.
Depois
de entrar no hospital psiquiátrico, à Marta só restam duas saídas: ou continuar
no mesmo percurso acabando por enlouquecer ou sair e diluir-se na sociedade que
a conduziu até lá. É a segunda opção que prevalece e aí, colocam-se ao leitor várias
questões:
Será
esse o caminho que pretendemos seguir?
É esse o
destino dos nossos passos?
Será
esse o fim que pretendemos para as nossas vidas?
Trata-se
de um livro para ser mais que lido, assimilado, devagar, capítulo a capítulo.
Após uma
leitura demorada e atenta, recomendo.
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