Em qualquer
relacionamento nem tudo são rosas… E ainda bem, atrevo-me a dizer. As rosas também
têm espinhos e, além disso, por muito que se faça para que perdure a sua beleza
sempre efémera, acabam por murchar … Também num qualquer relacionamento, não forçosamente
amoroso, é inevitável haver desentendimentos, discussões, ressentimentos,
silêncios… Em vez de encararmos cada um destes episódios como mais um passo a
caminho do colapso, deveríamos aceitá-los como meras fases do natural crescimento
e consolidação do relacionamento se convenientemente resolvidos através do
diálogo. Sem dúvida que o diálogo entre pares se revela útil e necessário mas os
silêncios também podem dizer tudo o que as palavras não conseguem, ou então,
não dizer nada… o que não implica a existência de uma fenda no edifício da
comunicação porque, como dizia Carlos Drummond, mesmo em silêncio e com o silêncio dialogámos.
Inevitavelmente, entre
dois seres que se gostam, haverá silêncios, existirão momentos em que não se
encontra nada de útil para dizer, mas o silêncio vai mais além da falta de
palavras … nesses silêncios está contida toda a cumplicidade de uma boa e sólida
relação porque também eles, os silêncios, a fortalecem…
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