Há
sempre um dia que, pela manhã, o carro faz aquele barulhinho meio engasgado e
decididamente não pega. Já não é a primeira vez que isso me acontece em diferentes carros que já tive e curiosamente, sempre de manhã quando tencionava ir trabalhar
ou tratar de algum assunto mais ou menos urgente. Com o carro enfiado na
garagem do prédio sem hipótese de o empurrar, lembrei-me de uma garagem que
fica perto e para lá me dirigi a pé. Foram simpáticos ao ponto de se deslocarem
comigo ao prédio e com um carregador de bateria, puseram-me o carro a trabalhar
para o levar até à garagem. Aí fui informado que não tinham uma bateria daquele
tipo mas que a mandariam vir de modo a estar lá pelas 14h30. Entretanto e simpaticamente,
empresaram-me uma bateria para poder circular até a outra chegar. Aí começaram
os “problemas”. Onde se abre o capô? Não sabia. Nunca precisei de o abrir neste
carro. O mecânico também não sabia. Depois de muito espreitar por baixo do
volante, lá encontraram o manípulo para o efeito. Logo surge outro problema.
Como se retira a bateria? Desaperta parafuso daqui, mais um dacolá e finalmente
tinha a bateria substituída não sem alguma perda de tempo que felizmente, no
meu caso, não fazia muita diferença. Apesar de toda a boa vontade e simpatia
destes profissionais, nota-se uma certa falta de preparação e actualização para
o desempenho das suas funções. É neste aspecto que o nosso sistema de ensino
falha. Abolir o ensino técnico foi um erro assim como canalizar todos os alunos
para o ensino universitário onde alguns andam anos e anos a marcar passo quer
por falta de capacidade intelectual, quer por falta de interesse. Nem todos
podem ou querem ser “doutores”. Há que formar bons profissionais dentro das
áreas tecnológicas.
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