Dizer,
na minha idade, que era a primeira vez que via uma estrela cadente não seria muito
credível. E de facto não era. Mesmo assim, daquela vez, foi como se fosse uma
estreia e dei por mim a cismar… Onde iria aquela estrela…? Que pressa a faria
voar? Seria ela afinal quem eu pensava que era…?
Eu sei
que o que vi não era uma estrela a despencar-se lá do alto do firmamento, eu
sei. Faz parte da minha cultura geral o conhecimento de que a tal “estrela” não
passava afinal de um pedaço de rocha que, ao
ser capturado pelo campo gravitacional terrestre entrou em rota de colisão com
o nosso planeta e se desintegrou ao entrar na atmosfera… Eu sei. Mas por
que não sonhar? Que custa afinal um sonho? Fosse o que fosse, estrela, rocha ou
meteorito, podia muito bem ser quem eu penso que era…
Não sou
muito dado a superstições ou tradições mas dessa vez, apenas dessa vez, fiz um
pedido.
Seja
por ter visto a estrela cadente, por ela ser quem eu penso que era ou por ter
feito o pedido, até hoje ainda não me arrependi de o ter feito…
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