Há dias em que acordo
com saudades de ver o mar. Hoje, ao deparar de novo com uma manhã chuvosa,
deu-me a saudade de um dia de sol à beira-mar. Não é que tenha uma paixão desmedida
pelo mar ou por desportos radicais junto ao mar… De facto, tenho uma relação de
amor-ódio com o mar. É raro o dia que não me detenha nem que seja por breves
momentos a contemplar o mar. Não concebo viver longe do mar. Não vivo
exatamente à beira-mar mas sei que a cerca de um quarto de hora de viagem ele
está ali pronto a ser contemplado… Contudo, tenho um medo ancestral de me
afogar. Jamais me afasto uma longa distância da costa quando nado. Tenho que
confessar-me um péssimo nadador devido à minha fraca resistência física. Assim,
tenho um medo terrível de navegar quer em pequenas, quer em grandes
embarcações. Curiosamente é sem qualquer receio que viajo de avião quando a
maior parte das pessoas manifestam algum medo…
O mar tem estado
sempre presente ao longo da minha vida em simultâneo com o receio que dele
tenho. Nasci e cresci próximo ao rio Douro e por isso, junto à Foz e junto ao
mar. É estranho, difícil de explicar, mas quando viajo para países da Europa
que não tenham uma costa marítima, sou acometido de uma certa nostalgia de ver
o mar…
Hoje acordei com
saudades do mar… de um dia de sol a caminhar sobre a areia à beira-mar.
Há dias assim…
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