Na passada sexta-feira, dispus-me a “perder”
algum tempo a ouvir o líder do PS a falar na festa do 40.º aniversário do PS em
Coimbra. Mais uma vez, insistiu na necessidade de uma alternância (reparem que
não escrevi alternativa) do Governo. Com efeito, há anos que vivemos nesta
alternância do poder entre o PSD e o PS. No decurso da sua oratória, o líder do
PS voltou a afirmar a urgência de acabar com as medidas de austeridade. Mas
nada adiantou sobre a maneira de nos livrarmos das malditas medidas…Diga-se em
abono da ética que numa parte final do discurso acabou por admitir que o estado
do país não é só da responsabilidade deste Governo. Ficou-lhe bem esta
declaração. Contudo, começo a ficar farto e muito descrente desta “alternância”
política. Por não conseguir exprimir melhor o que penso da oposição, vou usar
as palavras de Filomena Mónica:
“A oposição desapareceu. O PS não existe,
nem sei o que é aquilo. O líder não tem carisma, não sabe o que há-de fazer,
está condicionado pelo acordo com a troika. E sucede a um delinquente político
chamado Sócrates, … O PCP vive num mundo antes da queda do Muro de Berlim, e o
Bloco de Esquerda habita em Marte.”
Filomena Mónica in Jornal I de 28 Abril 2012
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