Por que a hora do
almoço estava próxima e porque nos encontrávamos no local, entre os diferentes
restaurantes ali existentes optamos por uma pizza. Durante a longa espera que vai
da encomenda até a pizza ser servida, deixei os olhos vaguear pela sala. Duas mesas
mais distantes estava sentado um indivíduo sobre o forte. O que despertou
realmente a minha curiosidade foi o facto de o tal indivíduo ter partido em
duas uma pizza média que lhe foi servida que “emborcou” sem tirar os olhos do telemóvel.
Cada vez que teclava, esboçava um sorriso sempre que lia a mensagem de retorno.
Não estarei muito longe da verdade se disser que não prestava a mínima atenção
ao que estava a comer.
Noutra direção, situada
ao meio da sala, instalou-se outro individuo também solitário. Feita a
encomenda num tom de voz forte que revelava uma pessoa segura de si, iniciou de
imediato uma chamada também através do telemóvel. A esta seguiu-se outra chamada
e depois mais outra e não sei quantas mais porque entretanto chegou a pizza que
tínhamos encomendado.
A observação
permitiu-me constatar a companhia que faz um telemóvel. O recurso às chamadas
ou às redes sociais não é mais do que um subterfúgio para afastar a solidão. Quem
tem um telemóvel nunca está sozinho. Afinal ninguém gosta de se sentir só…!
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