Já não me lembro quando nem onde comprei esse
retábulo que muito me agradou pela sua originalidade. Sabia obviamente que não estava
ali um original mas a reprodução de um qualquer quadro célebre. Até essa data nunca
tinha sentido a curiosidade de descobrir o pintor que tinha conseguido captar de
uma forma tão magistral a tristeza inunda o olhar da Virgem. O que mais aprecio
neste retábulo é o aspecto profundamente humano nada comum à maioria das representações
divinas, por isso mesmo, demasiado distantes. Desde o momento que o adquiri, e
talvez por esse motivo, o retábulo sempre me atraiu. Há quadros assim, só de os
admirar despertam em quem os vê sensações insuspeitadas. Aliás essa é a
finalidade da maioria dos pintores! Honestamente,
todos os quadros despertam alguma emoção que se traduz no já clássico “gosto”
ou por um redondo “não gosto” segundo a emoção que despertam.
Confesso a minha surpresa quando vi o
“meu quadro” exposto num museu em Dresden! Embora seja um fragmento do verdadeiro
quadro pintado por Rafael, soube mais tarde que a Madona de Sistina tinha sido
encomendada por Júlio II para homenagear o Papa Sisto IV, daí o nome. O quadro
representada a Virgem com o Menino ao colo ao centro, de um lado Santa Bárbara e
do outro, São Sisto.
Sem comentários:
Enviar um comentário