No passado dia 6 deste mês comemorou-se o
centésimo aniversário do nascimento de Sophia Mello Breyner. Uma justa e
merecida homenagem dedicada à mulher que ajudou este país a caminhar em frente,
só quem não conhece a basta obra da poetisa foi capaz de mudar de canal ou,
numa atitude mais radical, desligar o meio de comunicação que divulgou
exaustivamente esta homenagem.
Acrescente-se que não é o único gosto em comum,
a poesia e o estranho fascínio pelo mar figuram entre os gostos em comum. Com
efeito, o mar corre nas veias de todo o português embora “corra” mais nalguns do
que em outros… Admito a minha adoração pelo mar mas só à superfície. Adoro o
ruído calmante das ondas, o aspecto calmo da superfície do mar que às vezes se
exalta, fascina e mete medo.
Gosto do mar mas, de um mar calmo que banhe
apenas os pés… o mais longe que me aventurei foi mergulhar nas suas águas pouco
acima da cintura. Não é que guarde ainda aquelas ideias de monstros marinhos frequentes
na idade média mas o fundo do mar continua um local perturbador propício aos seres
marinhos nada propício à manutenção da vida humana…
Gosto de ficar junto ao mar e deixar que o
olhar se estenda até perder de vista as
distâncias conhecidas mas só à superfície.
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