Há dias em que tudo quanto se faça corre mal. São
daqueles dias que mais valia ficar quietinho na cama e fazer votos para que o
tecto não caia. Desde o momento em que se sai da cama não há nada que corra bem.
Já foi sorte não ter partido uma perna ao sair!
Durante as tarefas matinais golpeia-se a face
ao fazer a barba, de seguida os botões da camisa não encontram as respectivas “casas” e mais tarde, já na
cozinha, o pão com manteiga escapa-se das mãos e cai sobre o balcão ou no chão precisamente
do lado barrado e ao sair de casa, se nos lembramos do guarda-chuva, é certo
que não chove e depois, durante a condução, a fila pela qual optámos é
precisamente a mais lenta. Enfim, tudo quanto se faça, de certeza que vai correr
mal.
Ao ver o pão esparramado no chão precisamente
com o lado da manteiga para baixo, lembro-me sempre de uma das célebres leis de
Murphy. Não há duvida que existem e não há nada a fazer para as contrariar. “Se
algo pode correr mal, vai (mesmo) correr mal”. De acordo com esta lei, todos os
acontecimentos do dia vão correr mal… De acordo com a lógica o facto não
surpreende. É normal que ao fim de certo tempo, devido ao desgaste, algo deixe
de funcionar ao contrario do que se deseja. A Scientific American dá como
explicação para o “azar” da torrada o facto de balcão ser baixo e não dar tempo
para que o pão dê uma volta completa. Como a parte barrada estava virada
para cima, ela só dá meia volta e cai exactamente com a manteiga a espalhar-se
no chão. É uma explicação.
Na minha opinião, já que nada dura para sempre,
a única coisa a fazer é adaptarmo-nos a esta realidade.
Há dias assim.
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