Motivado pelo recente caso do candidato a primeiro
ministro britânico e pela sua jovem namorada o tema, infelizmente sempre actual, mereceu-me
algumas linhas de reflexão.
Muito se tem falado e pouco se tem feito contra
a violência em geral. Não é possível falar em violência sem aceitar que existem
diferentes formas de ela se manifestar. Mesmo assim, arrisco-me a afirmar que
na base de qualquer violência está o preconceito, a agressão física e verbal, a
homofobia, o bullyng, entre outras. Segundo a APAV a violência doméstica (menos
divulgada) já por si engloba diferentes tipos de abuso. (1) E não se pense
que só a mulher é vítima de agressão. Há homens, sobretudo idosos e crianças, que
infelizmente engrossam essa extensa lista.
Todos os casos provocam sofrimento e levam muitas
vezes à perda de vidas humanas. Independentemente do sexo, qualquer forma de
violência é uma violação dos muito apregoados direitos humanos…
Qualquer relação, seja ela qual for, desde que não
consentida é um crime que devia ser punido por Lei sem que haja necessidade da existência
de violência como exige a lei em vigor.
(1)
· violência emocional: qualquer
comportamento do(a) companheiro(a) que visa fazer o outro sentir medo ou
inútil. Usualmente inclui comportamentos como: ameaçar os filhos; magoar os
animais de estimação; humilhar o outro na presença de amigos, familiares ou em
público, entre outros.
· violência social: qualquer
comportamento que intenta controlar a vida social do(a) companheiro(a), através
de, por exemplo, impedir que este(a) visite familiares ou amigos, cortar o
telefone ou controlar as chamadas e as contas telefónicas, trancar o outro em
casa.
· violência física: qualquer
forma de violência física que um agressor(a) inflige ao companheiro(a). Pode
traduzir-se em comportamentos como: esmurrar, pontapear, estrangular, queimar,
induzir ou impedir que o(a) companheiro(a) obtenha medicação ou tratamentos.
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