Há cicatrizes que nos remetem
para um passado longínquo ou mais recente, são marcas que nos acompanham toda a
vida. É essa a função das cicatrizes. Podem aparecer em qualquer parte do corpo,
dependendo do trauma que lhes deu origem
e incomodam não pela dor que provocam, mas pelo aspecto inestético que apresentam.
Cada vez que olho para
o meu joelho, lá está a cicatriz a recordar-me onde e quando foi feito o golpe
que a originou. Recordo ainda do cheiro a água-ardente que serviu para
desinfectar e estancar o sangue do ferimento que depois foi cuidadosamente ligado
com um lenço emprestado e talvez mal lavado…
As cicatrizes depois de
curadas deixam de doer, ficam apenas a assinalar o trauma que as originou e servem
de prevenção para que não se repita no futuro.
Além das cicatrizes do
corpo existem as cicatrizes da alma muito mais graves e difíceis de curar. Além
de assinalarem o trauma que as originou parecem curadas mas não param de doer e
de sangrar…
São feridas que, apesar
de curadas, nunca cicatrizam.
Há feridas assim…
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