Já lá vão uns anitos contados
desde que o Farrusco nos deixou para fazer companhia aos seres celestiais. Apesar
de ter partido há vários anos, ficaram imensas marcas no chão, na porta do
apartamento e nas portas em geral que assinalam a sua passagem por aqui. Ainda recordo
por vezes as horas de o acompanhar “à rua” que era no espaço privado do
condomínio e dos outros cães que encontrávamos pelo caminho. Nessas alturas
tinha que segurar bem a trela para evitar a eminência de ele se atirar ao
“intruso”. Raramente acontecia os cães darem-se bem com o Farrusco e então a
conversa entre os respectivos donos era inevitável.
Desde tempos de que não
há memória o cão demonstrou a sua incomparável natureza social, mas o Farrusco não.
Graças a este temperamento era obrigado a fugir literalmente dos outros cães
que frequentavam o mesmo espaço.
Contudo era um bom cão
de companhia. Não posso esquecer as tardes que passou deitado no sofá com o
focinho apoiado na minha perna aquando da minha intervenção. Com esta atitude o
Farrusco queria apenas dizer que estava ali, que me acompanhava
incondicionalmente no que quer que fizesse.
São assim os cães de
companhia de qualquer raça. O Farrusco não tinha uma raça definida, era uma
mistura de raças mas era o meu cão..
As marcas que deixou
são fruto das horas que passou sozinho no apartamento enquanto íamos trabalhar visto
que estes cães são ideais para famílias em que há sempre gente em casa o que
não era o caso.
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