Em vez de abranger o todo o olhar prende-se em pormenores, detalhes
pouco relevantes mas que no seu conjunto constituem o todo o que faz toda a
diferença.
Mais uma vez dou por mim embasbacado perante a obra prima que são os
“frescos” localizados no exterior da capela do mosteiro, sujeitos às
intempéries e ao rigor do tempo. Da profusão de imagens registadas apenas
algumas cenas ficaram retidas na mente talvez porque me tocarem mais fundo…
Enquanto olho, imóvel e aparentemente em paz, uma canção vai ressoando cá
dentro magistralmente interpretada por Maria Bethânia. Ninguém a ouve e no
silêncio que se impõe perante tanta beleza e que o local exige, a canção diz
tudo sem dizer nada.
E ali fiquei especado não sei quantos minutos que mais pareceram horas diante
desta obra quase desconhecida no ocidente que se diz civilizado. Observo os pequenos
detalhes que talvez não sejam vistos no presente e já fazem parte do passado sempre
presente.
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