A palavra, muito usada
lá em casa, era tida como uma coisa de construção grosseira, improvisada e de
certo modo pouco sólida. Qualquer caranguejola mal construída e que ameaçava
ruir a todo o momento, merecia o epíteto de geringonça muito a propósito. O
termo, como disse, era de tal modo usado que ficou gravado no subconsciente mais
profundo donde nunca julgou sair para ver a luz do dia. Usava-se esta palavra tanto para os objectos
que funcionavam mal como para as mais conceituadas instituições públicas ou
privadas cuja existência estava condenada logo à partida devido aos participantes
que não “jogavam” bem uns com os outros…
Com o passar dos anos a
palavra caiu em desuso no baú do esquecimento até que “ressuscitou” pela voz de
Paulo Portas, creio. Pelos vistos, a palavra adquiriu outros significados. É a
expressão que se usa para designar a coligação parlamentar que nos governa actualmente.
Sobre esta coligação de
esquerda nada direi, já muito foi dito e mais se dirá. Cabe a cada um encontrar
a resposta mais adequada. O passar dos anos dará a melhor resposta.
Sem comentários:
Enviar um comentário