Falar de ausência nem
sempre implica falar de distâncias, de quem está longe por força do trabalho ou
outro qualquer motivo. Pode-se sentir a ausência de quem está mesmo ao nosso lado,
à distância de um palmo. Não há ausência na distância, ela pode estar mesmo ao
seu lado.
A pior ausência é aquela de
quem partiu para além desta vida. De outra forma, resta sempre a esperança de
que um dia voltem e isso geralmente acontece, mesmo naquelas situações em que intencionalmente
nos ausentamos. Às vezes a nossa ausência torna-se necessária para nos
certificarmos de que o mundo continua a girar sem a nossa presença. Por outro
lado, a ausência de quem mais gostamos também é útil no sentido de podermos constatar
se realmente sentimos a sua falta. Quem ama, sente a ausência, quem não ama,
não se importa.
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