Nunca gostei, nem muito
nem pouco, da Páscoa talvez por estar associada a uma época de tristeza e recolhimento.
Esta aversão remonta ao período da minha juventude em que a única fonte de
entretenimento era a telefonia que nesta época transmitia apenas música
clássica ou sacra. Nas igrejas os “santos” eram cobertos por panos de cor roxa,
já por si tristonha. E, como se não bastasse, também as ruas eram enfaixadas
com panos da mesma cor, roxa… Nunca gostei que me impusessem um período de
recolhimento com data marcada. Período de recolhimento tenho-os eu quando menos
os quereria ter por força das circunstâncias… da vida. Nesse tempo, tentavam
explicar-me que este comportamento de tristeza e recolhimento estava
relacionado com a morte e ressurreição de Cristo e me interrogava que culpa tinha
eu nesses acontecimentos. Talvez partilhe alguma culpa ancestral, penso eu agora. Talvez.
Apenas sei que a forma como a Páscoa é hoje comemorada nada tem a ver com a sua
origem bíblica. Aliás, em Inglês, Easter
é a palavra usada para esta festividade cuja origem pode estar relacionada
com “Eostre”, deusa anglo-saxónia da primavera.
Tal como acontece com
outras festividades religiosas, a Igreja tentou “apagar” alguns dos festejos
pagãos atribuindo-lhe um novo significado cristão.
Independentemente de se gostar ou não, FELIZ PÁSCOA PARA
TODOS.
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