Nós, portugueses, temos a mania de chamar amigo a
toda a gente. Ele é:
Ó amigo, venham de lá esses ossos;
Ó amigo, empreste-me o jornal;
Ó amigo, dê-me uma ajudinha;
Ó amigo, empreste-me aí uns euritos (aí perdem-se
os euros e o “amigo”);
Ó amigo, vá pró c…
Ó amigo, vá gozar a p q p.
Esta mania de chamar “amigo” a toda a gente que
entra ou passa pela nossa vida não leva a lado nenhum ou, se leva, só pode ser por
maus caminhos… Porque nem todos os que chegam, ficam ou partem na nossa vida, seja
através do parentesco ou não, na verdade não se podem chamar de amigos. Também
não digo que sejam inimigos, diria antes que são apenas conhecidos…
Amigos são aquelas pessoas que conhecemos por
acaso, às vezes nem sabemos muito bem quando nem onde mas, de repente, tornam-se
tão próximos, que é como se fossem da nossa família.
Apesar de não serem do nosso sangue, a consideração que temos por eles,
supera a que temos por alguns familiares.
Actualmente é mesmo muito difícil, para
não dizer quase impossível ter muitos amigos porque fazer amizades é fácil,
difícil é saber mantê-las. Para isso, é necessário estar sempre presente,
preocupar-se com os seus problemas e estar disposto a sacrificar-se para
ajudá-los quando necessário.
A capacidade de fazer amigos depende em muito da nossa
disponibilidade em ajudar mesmo quem não se conhece, sem esperar nada em troca.
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