Quanto mais se aproxima a data das eleições legislativas,
maior é a azáfama dos partidos políticos, através dos seus cabeças de lista, tentando
convencer o eleitorado das suas (boas) intenções de governação. Mas como as
boas intenções não passam disso mesmo, de vez em quando lá se vão descaindo
deixando transparecer a verdade. Recordo a declaração recente do candidato
socialista sobre a TSU. Antes, prometia que seria simplesmente abolida, agora veio
dizer que os reformados serão excepção…!
E as promessas e contradições continuam e continuarão até à
data das eleições sendo a mais flagrante a que o Expresso noticiou a 4 de Maio
passado. Segundo notícia publicada neste jornal, todos os seis partidos (!) com
assento na Assembleia da República
aprovaram por unanimidade, uma lei segundo a qual o Tribunal Constitucional
substitui o Tribunal de Contas na fiscalização das despesas dos grupos
parlamentares! À primeira vista, para o cidadão anónimo, esta lei em nada
desprestigia os partidos políticos nem faz qualquer diferença. Contudo, não
deixa de ser curioso que esta lei tenha sido aprovada logo após o Tribunal de
Contas, numa vistoria ao Tribunal Constitucional, ter detectado a existência de
despesas indevidas, nomeadamente quanto às mordomias dos juízes (carros de
serviço individuais, cartões de crédito, etc.) …!
A
aprovação por unanimidade desta lei só vem demonstrar que todos os partidos
concordam em manter intactas as mordomias de que gozam, em detrimento das políticas
sociais. É que o mal não está nos partidos, mas nos seus dirigentes…
Todos estes “sintomas” do mal de que padecem os partidos, da Maioria e
da Oposição, deixam sérias dúvidas na hora de votar a quem for minimamente
informado.
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