Há dias assim em
que tudo corre mal logo pela manhã e vai assim até ao final do dia. Tudo parece
apostado em destruir a harmonia do dia, desde encontros que originam
desencontros, desencontros que originam dúvidas, dúvidas que originam
ressentimentos, ressentimentos que se vão acumulando e originam dor e
afastamento…
Tudo isto acontece em
acumulação com projectos falhados em que nada sai certo, pelo menos de acordo
com o planeado além de pequenas contrariedades que num outro dia não teriam o
mínimo impacto.
Estes dias surgem
quando menos se espera. Acontecem precisamente quando tudo parece estar no seu
lugar, a correr de forma lógica e de acordo com as nossas espectativas. De
repente ficámos assim, sem jeito, completamente desnorteados. Este é o termo
perfeito para definir tal estado de espírito. Desnorteado… é estar sem norte,
sem saber que direcção, que rumo tomar…
E o dia acaba
assim. A confusão instala-se cá dentro tal como alguém que está fechado num
quarto escuro à procura da porta sem saber que direcção tomar para encontra-la,
tropeçando nos móveis, chocando com as paredes…
Há dias assim em
que para agravar ainda mais o nosso estado emocional, há que fingir que tudo
está no seu lugar, o lugar certo. Aquele lugar que só existe na nossa vontade
de existir mas nunca na vida real.
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