São garras todas feitas para prender
a vítima escolhida para encher,
as minhas longas mãos sempre vazias.
Devorei como abutre horas e dias,
para lhes não perder um só momento.
Mas terminei a olhar com desalento,
as minhas mãos que estão sempre vazias!
E, quando o amor pensei ter encontrado,
fechei-o em minhas mãos… Depois, abri-as.
Com meu olhar surpreso, envolto em dor,
fiquei a olhar as minhas mãos vazias.
Jorge Leal
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