“O sistema de ensino
deixou-se contagiar por uma ideologia pseudo-esquerdista que tentou fazer
iguais todos os alunos, mas por baixo. A exigência não foi valorizada. Em 1974,
a revolução apanhou-me a meio do doutoramento e pedi para ficar cá mais um ano,
para poder participar. E estive a dar aulas, mas dois meses depois já não
aguentava os alunos. Os estudantes diziam que não queriam notas, que eles é que
faziam os curricula e que eu
não mandava em ninguém. Respondi: “Óptimo, vou-me embora.” E não é só culpa da
esquerda, pois a direita está penetrada das mesmas utopias pseudo-igualitárias.
Ministros como o Marçal Grilo ou o Roberto Carneiro, em vez de terem uma
ideologia própria, reflectem este banho cultural que considera que aos alunos,
coitadinhos, não se lhes pode dar más notas, pois ficam com autoestima
negativa. Devemos dar aos filhos dos pobres as mesmas oportunidades que aos
filhos dos ricos e não baixar os níveis de exigência para que toda a gente
passe, como durante anos aconteceu.”
Filomena Mónica in Jornal I de 28
Abril 2012
Não podia estar mais de acordo. E sei
do que falo depois de 38 anos de ensino…
Ai se eu podesse também me vinha embora daqui (tu sabes de onde)...as pessoas cada vez estão mais transtornadas, mais mal-educadas, sem princípios, não há respeito...
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