Nós, portugueses,
temos a mania de chamar amigo a toda a gente e em qualquer situação. A palavra “amigo”
serve como cumprimento quando diz, ó amigo, venham de lá esses ossos. Também se
usa como uma chamada de atenção, por exemplo, ó amigo, empreste-me o jornal ou
ó amigo, dê-me uma ajudinha. Mas também se usa como insulto ao responder, ó
amigo, vá pró c*******, vá gozar com a p**** da sua mãe… Ou então usa-se como
um pedido de ajuda e pede-se com ar lamuriento, ó amigo, empreste-me alguns euros.
Atender este pedido perdem-se os euros e o “amigo”…
Este e muitos
outros hábitos mudaram ou adaptaram-se, devido à presença do covid. Entre outros, chamar “amigo” a toda
a gente vai ser banido do nosso vocabulário, pelo menos aquelas palmadinhas nas
costa que o acompanhavam. Muitas palavras que faziam parte do nosso vocabulário
que não levavam a lado nenhuma e se o levassem, só pode ser por maus caminhos…
Contudo existem pessoas
que conhecemos por acaso, às vezes nem sabemos muito bem quando nem onde mas,
de repente, tornam-se tão próximos que é como se fossem da família.
É um facto que nem
todos os que chegam vieram para ficar, ficam ou abandonam a nossa vida,… Na
verdade estes nem se podem chamar de amigos embora não se possam apelidar de
inimigos, diria antes que são apenas conhecidos…
A capacidade de fazer amigos depende da nossa disponibilidade em ajudar toda
a gente, mesmo aos desconhecidos, sem esperar nada em troca.
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